sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Visões diferentes do mundo

Resumo dos autores: A superfície total de córtex visual humano (V1) varia consideravelmente entre os indivíduos por razões desconhecidas. Observou-se que esta variabilidade foi fortemente e negativamente correlacionada com a magnitude de duas ilusões visuais comuns, onde dois objetos fisicamente idênticos aparecem diferentes em tamanho, como resultado do seu contexto. Porque tais ilusões dissociam a percepção consciente da estimulação física, nossos resultados indicam que a superfície de V1 prevê variabilidade na experiência consciente. Estamos todos familiarizados com a noção de que nossos pensamentos e emoções diferem de uma pessoa para outra, mas muitas vezes assumem que a nossa percepção sensorial mais básica do mundo é muito semelhante de pessoa para pessoa. No entanto, o aparato neural que é pensado para processar tais aspectos fundamentais da percepção sensorial mostra variabilidade anatômica significativa. Por exemplo, o córtex visual primário (V1) varia entre indivíduos em uma faixa tripla na superfície e Volume1. Pouco se sabe sobre as razões para essa variabilidade ou se tem quaisquer consequências perceptivas. De fato, estudos do sistema visual humano normalmente tratam variabilidade inter-individual, como um potencial de confundir deliberadamente para removê-lo da média entre os pequenos grupos de participantes. Nós tomamos uma abordagem diferente, examinando explicitamente tal variabilidade morfológica de um grupo muito maior e relacioná-la diretamente para medidas comportamentais da consciência visual.
Acesse o texto completo em: SCHWARZKOPF, D. S.; SONG, C.; REES, G. The surface area of human V1 predicts the subjective experience of object size. Nature Neuroscience, v. 13, n. 12 Dec. 2010.





























quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Sistema de Informação Geográfica (SIG) pode ser utilizada no mapeamento digital de solos

Pesquisadores da Faculdade de Agronomia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul compararam métodos para mapeamento digital de solos e selecionaram metodologias para uso em Sistema de Informação Geográfica (SIG) que são adequados para o mapeamento digital de solos. A pesquisa foi publicada no periódico Ciência Rural, número 40, de outubro de 2010.
Com o objetivo de produzir mapas pedológicos com legenda original e simplificada, o trabalho comparou métodos de classificação em estágio único (como regressões logísticas, múltiplas Multinomiais e Bayes) e em estágios múltiplos com a utilização de sistemas de informações geográficas e de variáveis geomorfométricas. A base de dados obtida foi gerenciada no aplicativo computacional ArcGis, em que as variáveis e o mapa original foram relacionados por meio de amostras de treinamento para os algoritmos. Os resultados dos algoritmos obtidos no software Weka foram implementados no ArcGis, para a confecção dos mapas (SCIELO RELEASE, 2010)

Resumo dos autores: Mapas pedológicos são fontes de informações primordiais para planejamento e manejo do uso do solo, porém apresentam altos custos de produção. A fim de produzir mapas de solos a partir de mapas existentes, neste trabalho, foram comparados métodos de classificação em estágio único (Regressões Logísticas Múltiplas Multinomiais e Bayes) e em estágios múltiplos (Classification and Regression Trees (CART), J48 e Logistic Model Trees (LMT)) com a utilização de sistemas de informações geográficas e de variáveis geomorfométricas para produção de mapas pedológicos com legenda original e simplificada. A base de dados foi gerenciada em aplicativo computacional ArcGis, em que as variáveis e o mapa original foram relacionados por meio de amostras de treinamento para os algoritmos. Os resultados dos algoritmos obtidos no software Weka foram implementados no ArcGis, para a confecção dos mapas. Foram geradas matrizes de erros para análise de acurácias dos mapas. As variáveis geomorfométricas de declividade, perfil e plano de curvatura, elevação e índice de umidade topográfica são aquelas que melhor explicam a distribuição espacial das classes de solo. Os métodos de classificação em estágio múltiplo apresentaram sensíveis melhoras nas acurácias globais, porém significativas melhoras nos índices Kappa. A utilização de legenda simplificada aumentou significativamente as acurácias do produtor e do usuário.







segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Elites jurídicas controlam administração do sistema Judicial

Em estudo concluído em setembro sobre o sistema jurídico brasileiro, o cientista político Frederico Normanha Ribeiro de Almeida verifica a existência de uma política entre grupos de juristas influentes dentro do sistema jurídico nacional, no sentido de formar alianças e disputar espaço, cargos e poder dentro da administração do sistema. Segundo Almeida, este é um estudo inovador, pois constata um jogo político “difícil entender em uma área em que as pessoas não são eleitas e, sim, sobem na carreira, a princípio, por mérito”. (Agência USP).
Resumo do autor: O objetivo deste trabalho é a compreensão das relações entre direito e política, a partir do estudo da posição dos juristas no Estado e de suas lutas concretas pelo controle da administração do sistema de justiça. A principal hipótese que orientou a pesquisa foi a de que há um campo político da justiça, representado pelo espaço social de posições, capitais e relações delimitado pela ação de grupos e instituições em disputa pelo controle do direito processual e da burocracia judiciária. No interior desse campo político da justiça, a pesquisa buscou identificar, ainda, as posições dominantes das elites jurídicas lideranças institucionais e associativas, e intelectuais especializados em determinadas áreas de conhecimento cuja influência sobre a administração da justiça estatal e as estruturas de seus capitais sociais, políticos e profissionais os diferenciam dos demais agentes do campo jurídico. Acesso ao texto completo em: 
ALMEIDA, Frederico Normanha Ribeiro de. A nobreza togada: as elites jurídicas e a política da Justiça no Brasil. 2010. Tese (Doutorado em Ciência Política) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.






quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Cursos on-line podem proporcionar formas mais amplas de avaliação da aprendizagem



Resumo do Autor: Este trabalho traz os resultados de uma investigação de caráter qualitativo, apoiada em descrições provenientes de um curso de especialização on-line colaborativo, com ênfase no processo de avaliação da aprendizagem dos estudantes. A investigação mostrou que, em decorrência das possibilidades abertas às pessoas pelas tecnologias de informação e comunicação, o processo avaliativo não pode se limitar à lógica do exame, pós-processual e definitivo, mas deve estender-se a todos os momentos, formas, atividades e práticas de um ambiente de curso. Esta abordagem, de caráter multidimensional, é capaz de dar conta do caráter complexo do conhecimento pertinente, levando em consideração as múltiplas possibilidades de interação, os diferentes tempos e espaços de aprender e ensinar, e as interfaces correspondentes, bem como as abordagens interdisciplinares presentes no ambiente colaborativo analisado. As referências teóricas exploraram os conceitos de avaliação e sua prática predominante, além de tratar dos diversos aspectos das tecnologias de informação e comunicação aplicadas à educação. Com base nestas duas frentes principais, outros conceitos foram contemplados no campo teórico, como complexidade, colaboração, tempo, espaço, interdisciplinaridade, entre outros, o que permitiu à pesquisa basear-se em um arcabouço de idéias a partir das quais as análises foram trazidas à luz, de forma a mostrar as amplas possibilidades da avaliação multidimensional da aprendizagem em ambientes colaborativos on-line, a qual oportuniza o ajuste dos objetivos individuais de estudantes e professores em função de uma estratégia pedagógica que privilegia dialeticamente a construção coletiva do conhecimento e a autonomia. Outro ponto importante demonstrado nesta investigação é a importância das pessoas, acima das tecnologias, e da colaboração entre as pessoas para uma avaliação de todos os momentos, inclusive considerando as trajetórias de cada participante, como sujeito detentor de história pessoal e de conhecimentos advindos de múltiplas fontes, em permanente estado de elaboração.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Perda de neurônios em Alzheimer

Com a descoberta de que a neurogênese constitutiva persiste no cérebro adulto, surgiu a hipótese na literatura de que a doença de Alzheimer poderia ser superada, ou pelo menos melhorada, visto que a geração de novos neurônios poderia ajudar a compensar a perda de neurônios na doença. No trabalho “Enriquecimento ambiental como estratégia para promover a neurogênese na doença de Alzheimer: possível participação da fosfolipase A2”, de Evelin L. Schaeffer, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, foi revisada a literatura sobre a neurogênese endógena no cérebro de sujeitos e modelos animais com Alzheimer, os efeitos de atividade cognitiva sobre a neurogênese e a relação entre a enzima fosfolipase A0 (PLA2) e a neurogênese. A base de dados MedLine foi pesquisada utilizando as palavras-chave doença de Alzheimer, atividade cognitiva, fosfolipase A2, neurogênese e neuritogênese. A revisão da literatura evidenciou neuroproliferação aumentada no cérebro com Alzheimer, no entanto os novos neurônios falham em se diferenciar em neurônios maduros. Uma estratégia não farmacológica, ambiente enriquecido, aumenta a neurogênese (incluindo amadurecimento neuronal) em animais experimentais. Relação entre PLA2 e neurogênese tem sido demonstrada em modelos experimentais in vitro e in vivo. Os dados indicam que o enriquecimento ambiental (com estimulações cognitiva e física) poderia ser uma estratégia apropriada para promover a neurogênese endógena na doença de Alzheimer e sugerem a participação da PLA2 na neurogênese promovida por estimulação cognitiva.



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

1. Conferência Luso-brasileira Acesso Livre



Em novembro deste ano, nos dias 25 e 26, acontecerá a 1. Conferência Luso-Brasileira de Acesso Livre, na Universidade do Minho, Portugal, após protocolo de entendimento assinado pelos Ministros da Ciência e Tecnologia de Portugal e Brasil, e dando continuidade às Conferências sobre o mesmo tema ocorridas em 2005, 2006, 2008 e 2009, organizadas pela Universidade do Minho.
A conferência pretende reunir as comunidades portuguesas e brasileiras que desenvolvem atividades, nomeadamente de investigação, de desenvolvimento, de gestão de serviços e de definição de políticas, relacionadas com o acesso livre ao conhecimento, através de repositórios e de revistas de acesso livre.
Mais informações em: http://www.acessolivre.pt/c/index.php/confoa/2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Neurônios e sinapses quantificados

O gânglio cervical superior (SCG) nos mamíferos varia de acordo com a estrutura etária, o tamanho do corpo, o sexo, a assimetria lateral, o tamanho e o conteúdo nuclear dos neurônios e a complexidade das sinapses e abrangência das árvores dendríticas.
Nos mamíferos de pequeno e médio porte, o número de neurônios aumenta o tamanho desde o nascimento até a idade adulta e, em estudos filogenéticos, variam com o tamanho do corpo. No entanto, estudos recentes em animais sugerem que o maior peso corporal não é, em geral, forma de calcular o número de neurônios. Uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP), com participação de cientistas das universidades Nottingham e College London, no Reino Unido, investigou os padrões de desenvolvimento do sistema nervoso autônomo, representado pelo gânglio cervical superior, em três espécies de mamíferos: ratos, cavalos e capivaras. Aplicando o desenho baseado em ferramentas estereológicos ao nível microscópico de luz para avaliar a composição volumétrica dos gânglios e para estimar o número e o tamanho dos neurônios no SCGs.

“O estudo aponta novas direções para linhas de investigação científica, com enfoque na neuroplasticidade do sistema nervoso autônomo e implicações nos acidentes vasculares cerebrais do tipo hemorrágico, os quais podem ser consequência de distúrbios da inervação simpática da parede dos vasos sanguíneos cerebrais”, disse Coppi.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Regeneração da medula espinhal

Divulgação Agência FAPESP – O bloqueio que impede o crescimento de fibras nervosas jovens em mamíferos adultos pode ser liberado por meio da inibição ou da eliminação genética de uma enzima específica em células nervosas danificadas, indica uma pesquisa publicada neste domingo (8/8) na revista Nature Neuroscience.
O trabalho sugere que terapias que usem como alvo essas enzimas responsáveis pelo bloqueio podem vir a ter efeitos benéficos para o tratamento de danos na medula espinhal. O estudo obteve a regeneração de conexões responsáveis pelos movimentos voluntários.
Zhigang He, do Departamento de Neurologia da Escola Médica Harvard, e colegas observaram em camundongos com medulas danificadas uma atividade muito pequena da enzima mTOR em neurônios adultos danificados no trato corticoespinhal – conjunto de axônios entre o córtex cerebral do cérebro e a medula espinhal. A enzima é responsável pela promoção do crescimento dos neurônios.


Segundo os autores do estudo, isso ainda precisa ser investigado, assim como se o método pode vir a ser efetivamente experimentado em humanos com problemas de movimento devido a acidentes na medula espinhal.
De qualquer maneira, He e colegas destacam que os resultados do estudo permitem sugerir que drogas que tenham como alvo os mecanismos que limitam a atividade da mTOR em sistemas nervosos adultos podem ter efeitos benéficos para danos na medula.
O artigo PTEN deletion enhances the regenerative ability of adult corticospinal neurons (doi:10.1038/nn.2603), de Zhigang He e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Neuroscience em www.nature.com/neuro.

Desafio mundial em energia renovável

Divulgação Agência FAPESP– Poderão ser encaminhadas até 30 de setembro idéias de pesquisadores, estudantes e empreendedores para o programa Eco Challenge: Powering the Grid, da General Electric, que prevê investimentos de US$ 200 milhões. São três as categorias: Energias Renováveis, Rede Elétrica, Casas e Prédios Ecológicos. O programa é aberto a maiores de 18 anos e tem como objetivo incentivar projetos na área de geração, distribuição e uso de energia renovável. A iniciativa visa à busca de soluções para geração de energia limpa e a diversificação das matrizes energéticas existentes.
“Os participantes selecionados receberão um aporte de investimentos no valor inicial de US$ 100 mil e estabelecerão relações comerciais com a GE, trabalhando em conjunto com cientistas, técnicos e pesquisadores da companhia em seus centros de pesquisa” (AGÊNCIA FAPESP, 2010).
Mais informações:
www.ecomagination.com/challenge

terça-feira, 27 de julho de 2010

Máquina de Ciência

Resumo dos autores: A explosão da informação esta mudando a paisagem da ciência. Computadores já desempenham papel importante na armazenagem, manipulação e análise de informações. Baseando-se em abordagens de inteligência artificial, cada vez mais programas de computadores são capazes de integrar o conhecimento publicado com dados experimentais à pesquisa de padrões e relações lógicas, e permitir que novas hipóteses surjam com pouca intervenção humana.
Os cientistas usarão tais abordagens computacionais para redirecionar as drogas, caracterizar funcionalmente genes, identificar os elementos de vias bioquímicas celulares, e destacar as violações essenciais da lógica e incoerência no entendimento científico. Podemos prever que dentro de uma década, ferramentas automatizadas ainda mais poderosas permitiram geração de hipóteses em numerosas experiências em biomedicina, química, física e até mesmo nas ciências sociais.
Novos conhecimentos simplesmente emergiram da aplicação mecânica de algoritmos de dados coletados para os padrões plausíveis. Esta abordagem é atraente, mas há perigos potenciais. A descoberta de padrões a partir dos dados só é similar à tarefa diante de um explorador em uma selva desconhecida, sem um guia.

Uma pesquisa recente demonstra como os cientistas podem usar os computadores para se tornar melhor informado e mais ágil exploradores. Novas ferramentas computacionais podem expandir o conjunto de conceitos e relações utilizados para gerar hipóteses automatizada (i) elaboração do corpus mais vasto da ciência publicada, e (ii) síntese de novos conceitos de maior e de menor ordem e as relações a fonte existente de conhecimentos. Esta abordagem pode permitir aos cientistas estudar um determinado sistema natural, como um caminho bioquímico para identificar e preencher as peças faltantes, percorrer muito mais as cadeias de raciocínio do que aquelas possíveis com a mente desarmada.
Acesso ao texto completo: Machine Science de James Evans e Andrey Rzhetsky (doi: 10.1126/science.1189416)

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Redes sociais determinam dinâmica de transmissão do vírus da hepatite C


Resumo dos autores: O vírus da hepatite C (HCV) infecta 170 milhões de pessoas em todo o mundo, e é um importante problema de saúde pública no Brasil, onde mais de 1% da população pode ser infectado e em vários genótipos virais co-circular. Cronicamente indivíduos infectados são a fonte de transmissão para os outros e corre o risco de doenças relacionadas com o HCV, como câncer de fígado e cirrose. Antes da adoção de medidas de controle anti HCV nos bancos de sangue, o vírus foi transmitido principalmente através da transfusão de sangue. Hoje, a partilha de agulhas, entre usuários de drogas injetáveis é a forma mais comum de transmissão do VHC. De particular importância é que a prevalência do HCV é crescente nos grupos de não-risco. Como não há vacina contra o HCV, é importante para determinar os fatores que controlam a transmissão do vírus, a fim de elaborar medidas de controle mais eficientes. No entanto, apesar da saúde os custos associados com HCV, os fatores que determinam a propagação do vírus em escala epidemiológica são muitas vezes mal compreendidos. Aqui, nós arranjamos em seqüência parcial do gene NS5B seqüências amostradas a partir de amostras de sangue coletadas de 591 pacientes no estado de São Paulo, Brasil. Nós mostramos que o diferente genótipo viral São Paulo entrou em momentos diferentes, cresceu a taxas diferentes e estão associadas a diferentes grupos etários e comportamentos de risco. Em particular, subtipo 1b são mais velhos e cresceu mais lentamente do que os subtipos 1a e 3a, e está associada com múltiplas classes de idade. Em contrapartida, os subtipos 1a e 3b são associados com os jovens infectados, mais recentemente, possivelmente com maiores taxas de transmissão sexual. A dinâmica de transmissão do HCV em São Paulo, portanto, variam de acordo com o subtipo e são determinadas por uma combinação de idade, exposição ao risco e da rede social subjacente. Concluímos que os fatores sociais podem desempenhar um papel fundamental na determinação da taxa e do padrão de disseminação do VHC, e deve influenciar as políticas de intervenção no futuro.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O clima de ondas ao longo da costa brasileira


Resumo dos autores: O trabalho apresenta o clima de ondas da região ao largo da costa brasileira com base em uma série temporal de onze anos (Jan/1997-Dez/2007) obtida através de dados de re-análise do modelo operacional NWW3. Informações sobre o regime de ondas no Brasil são escassas e baseadas em observações ocasionais de curto período, sendo a análise inédita na escala espaço-temporal apresentada. Para a definição do clima de ondas foram definidos e analisados seis setores ao longo da quebra da plataforma continental brasileira: Sul (W1), Sudeste (W2), Central (W3), Leste (W4), Nordeste (W5) e Norte (W6). W1, W2 e W3 possuem os regimes de ondas controlados pela Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS) e pela passagem de frentes frias sinóticas; W4, W5 e W6 são controlados pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e sua oscilação meridional. As ondas mais energéticas são de S, geradas por ventos intensos associados à passagem de frentes frias, afetando principalmente a região sul e sudeste do país. A energia das ondas apresenta um decréscimo de sul para norte, com a sua variação anual mostrando que o período de inverno as ondas são mais energéticas nos setores W1 a W4, enquanto que nos setores W5 e W6 as condições mais energéticas ocorrem nos meses de verão do hemisfério sul. As informações apresentadas fornecem condições de contorno para diferentes estudos relacionados a processos costeiros, fundamentais para a melhor compreensão da zona costeira do Brasil. Acesso ao texto completo em: PIANCA, Cássia; MAZZINI, Piero Luigi F.; SIEGLE, Eduardo.Brazilian offshore wave climate based on NWW3 reanalysis. Braz. Journal Oceanogr. São Paulo, v.58 n.1 jan./mar. 2010. doi: 10.1590/S1679-87592010000100006

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Mata Atlântica Pede Socorro

Dados parciais do projeto Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, referentes ao período 2008-2010, revelam que a Mata Atlântica perdeu 20.857 hectares de sua cobertura vegetal, o que equivale à metade da área do município de Curitiba (PR).

O número é parcial porque o Inpe analisou imagens feitas por satélites de 72% da Mata Atlântica, com a atualização dos mapas de nove entre os 17 Estados nos quais o bioma está presente: Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.




Minas Gerais foi o Estado que mais perdeu cobertura nativa e, ao lado do Paraná e de Santa Catarina, está entre as unidades da Federação que mais desmataram esse bioma. Cabe ressaltar que Minas Gerais teve 80% de sua área analisada, e o Paraná, 90%, o que significa que o desmatamento pode ter sido maior.


O “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica” é fruto de um convênio pioneiro - originalmente estabelecido para a elaboração do mapeamento do bioma firmado em 1989 entre a Fundação SOS Mata Atlântica, uma organização não-governamental, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Desde então, as duas organizações trabalham juntas com o objetivo de determinar a distribuição espacial dos remanescentes florestais e ecossistemas associados da Mata Atlântica, monitorar as alterações da cobertura vegetal e produzir informações permanentemente aprimoradas e atualizadas do bioma. Os avanços tecnológicos na área da informação, sensoriamento remoto, processamento de imagens de satélites e geoinformação vêm contribuindo favoravelmente para a realização deste Atlas, especialmente para torná-lo mais preciso e detalhado e mais acessível às pessoas, de forma a possibilitar a criação de um cenário em que cada cidadão pode ao toque das mãos, conhecerem a Mata Atlântica de sua cidade, de sua região, de seu Estado e agir em favor da conservação e restauração florestal do bioma, meta atingida pelas organizações promotoras, graças à internet, ao criar o Atlas dos Municípios da Mata Atlântica em 2004.

As demais informações, tais como os mapas, imagens, fotos de campo, arquivos em formato vetorial e dados dos remanescentes florestais, por Município, Estado, Unidade de Conservação, Bacia Hidrográfica, Corredor de Biodiversidade e Área prioritária para conservação da biodiversidade estão acessíveis nos portais
http://www.sosma.org.br/ e http://www.inpe.br/ ou diretamente no servidor de mapas http://mapas.sosma.org.br/.

Fonte:
Fapesp, Sos Mata Atlântica e Inpe

terça-feira, 25 de maio de 2010

Pesquisa sobre crescimento de crianças e adolescentes Brasileiros


Pesquisadores do Programa de Pós Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina e da Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul compararam o padrão de crescimento de crianças e adolescentes brasileiros com curvas internacionais de referência para crescimento físico.
A avaliação realizada nos 41.654 escolares revelou que a estatura difere entre o sexo masculino e feminino a partir dos 10 anos de idade e que até os 12 anos as meninas são mais pesadas que os meninos. Ao comparar os valores de estatura e peso corporal de ambos os sexos com os valores de referência da Organização Mundial de Saúde e dos padrões Norte Americano foi identificado que os jovens brasileiros atingiram e ultrapassaram os pontos de referência. Esses dados sugerem que a magnitude do crescimento em peso corporal e estatura de crianças e adolescentes da zona urbana do Brasil estão cada vez mais semelhantes à reportada em países desenvolvidos, o que não era verificado duas ou três décadas atrás.
Os autores destacam que o estudo adiciona informações importantes e atualizadas sobre a comparação de crianças e adolescentes brasileiros com curvas de crescimento físico empregadas internacionalmente, podendo servir como parâmetro comparativo para investigações nas diferentes regiões brasileiras.
O estudo faz parte do Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR), um observatório permanente dos indicadores de crescimento, desenvolvimento e estado nutricional de crianças e adolescentes brasileiros de 7 a 17 anos, cujo objetivo é delinear o perfil somatomotor, hábitos de vida e fatores de aptidão motora em crianças e adolescentes, tendo em vista agregar indicadores para subsidiar políticas de Educação Física e Esportes para escolares brasileiros. A coleta de dados referente a esse artigo publicado no Jornal de Pediatria ocorreu no ano de 2004 e 2005 em 23 estados da federação mais o Distrito Federal. Este projeto parte de um conjunto de projetos realizados pela rede dos Centros de Excelência Esportiva (CENESP), ligada ao Departamento de Excelência Esportiva e Promoção de Eventos da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte do Brasil.
O artigo completo pode ser acessado em: SILVA, Diego Augusto Santos; PELEGRINI, Andreia; PETROSKI, Edio Luiz e GAYA, Adroaldo Cesar Araujo. Comparação do crescimento de crianças e adolescentes brasileiros com curvas de referência para crescimento físico: dados do Projeto Esporte Brasil. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2010, vol.86, n.2, pp. 115-120. ISSN 0021-7557. doi: 10.1590/S0021-75572010000200006
Fonte: Scielo

terça-feira, 27 de abril de 2010

Transferência de renda e acesso à educação são pilares da queda da desnutrição infantil no Nordeste

A desnutrição infantil no Nordeste pode desaparecer do mapa das mazelas brasileiras em menos de 10 anos caso o problema continue a diminuir com a velocidade observada nos últimos 10 anos. A conclusão é de um trabalho coordenado por Carlos Augusto Monteiro, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, e Ana Lucia Lovadino de Lima, pesquisadora do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP e bolsista de pós-doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). O estudo, que deve ser publicado na Revista de Saúde Púlica (vol. 44-1), mostra que a prevalência da desnutrição foi reduzida em um terço entre 1986 e 1996, caindo de 33,9% para 22,2% das crianças nordestinas, e em quase três quartos de 1996 a 2006, despencando para 5,9%. "Essa velocidade é inédita. Nenhum outro estudo no mundo revelou uma queda da desnutrição tão grande nesse espaço de tempo", diz Carlos Augusto Monteiro. [...]



Acesso ao artigo completo em: Causas do declínio acelerado da desnutrição infantil no Nordeste do Brasil (1986-1996-2006)
Ana Lucia Lovadino de Lima; Ana Carolina Feldenheimer da Silva; Silvia Cristina Konno; Wolney Lisboa Conde; Maria Helena D'Aquino Benicio; Carlos Augusto Monteiro.Rev. Saúde Pública vol.44 no.1 São Paulo Feb. 2010 doi: 10.1590/S0034-89102010000100002 Fonte: Scielo e Fapesp

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Estudo procura investigar a relação entre a terapia de reposição hormonal e o desempenho cognitivo

A expectativa de vida da população mundial vem aumentando significativamente nos últimos anos. O envelhecimento populacional é um fenômeno global, assim como o fato de as mulheres viverem mais que os homens. É sabido que o envelhecimento acarreta um declínio normal na cognição. Durante a meia-idade, a mulher passa por um processo longo e gradual de declínio na produção dos hormônios conhecido como climatério, sendo que a menopausa (última menstruação) é apenas um dos fatores que ocorrem dentro deste período. O climatério tem consequências sobre a saúde e a cognição que se tornaram mais evidentes com o aumento da expectativa de vida. Os sintomas mais relatados são ondas de calor, ressecamento urogenital, irritabilidade, nervosismo e perda da agilidade mental.
Atualmente, muitas mulheres fazem uso da terapia de reposição hormonal para alívio dos sintomas típicos desta fase de suas vidas. O uso desta medicação costuma aliviar as queixas relatadas, mesmo as cognitivas.
Diante de tais informações, pesquisadoras da Universidade Federal de Minas Gerais, procuraram investigar efeitos da terapia de reposição hormonal sobre o desempenho cognitivo. Desde que a terapia de reposição hormonal se popularizou na década de 50 vêm sendo realizadas pesquisas para investigar seus efeitos adicionais. Os resultados encontrados sinalizam melhoras significativas na memória, na atenção e no raciocínio e fluência verbal. Existem, também, evidências de que a terapia de reposição hormonal exerça influência positiva sobre o humor e que pode retardar o desenvolvimento da Doença de Alzheimer. Por outro lado, há outros estudos que não confirmam tais achados. Apesar de sua eficácia, a terapia de reposição hormonal ainda não dispõe de consenso entre os especialistas em relação aos seus efeitos sobre a saúde física, quando se trata dos seus benefícios sobre o sistema nervoso central não é diferente. Além do mais, a dificuldade de consenso na área deve-se às inúmeras variáveis relacionadas ao tema. O tipo de medicação usada, bem como a dosagem, a via de administração e a duração do tratamento são variáveis relevantes. É importante destacar, também, que não há unanimidade sobre quais das habilidades cognitivas são positivamente influenciadas pela medicação.
Portanto, são necessárias mais pesquisas com o intuito de elucidar os benefícios desta terapia e a influência dos hormônios sobre a cognição. Internacionalmente, há um grande interesse atual pelo tema. No Brasil, não foram encontradas pesquisas sobre o assunto. Assim, o desenvolvimento de novas investigações poderá contribuir para a melhoria da qualidade de vida das mulheres, particularmente na terceira idade.


Contato:
Ana Letícia Camargos

 
Elizabeth do Nascimento
Universidade Federal de Minas Gerais
e-mail: bethdonascimento@gmail.com
Fonte: Release Scielo

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Homo Sapiens, Novas Descobertas

Quando Lee Berger olhou para a pedra que seu filho de 9 anos de idade Matthew estava segurando e percebeu o osso saindo dela, provavelmente era a de um antílope, um achado comum nas antigas rochas Sul Africanas, mas quando Berger, um paleontólogo da Universidade de Witwatersrand, Joanesburgo, tomou um olhar mais atento, ele reconheceu-a como algo muito mais importante: a clavícula de um hominídeo antigo. Então ele virou o bloco ao redor e viu uma mandíbula saliente, "Eu não podia acreditar", disse ele.
 Berger e seus colegas afirmam que esses espécimes, juntamente com inúmeros outros fósseis encontrados na caverna desde 2008 em Malapa, norte de Joanesburgo e datado, de 2 milhões de anos atrás, são os de uma nova espécie, apelidada Australopithecus sediba. Sediba significa "fonte" no idioma soto, e a equipe de Berger afirma que os fósseis têm uma mistura de características primitivas típicas de australopitecos e mais avançadas típicas dos seres humanos. Assim, a equipe diz, a nova espécie pode ser o melhor candidato ao ancestral comum imediato do nosso gênero, Homo.
Pesquise nos Artigos: somente para assinantes
Australopithecus sediba: A New Species of Homo-Like Australopith from South rica Lee R. Berger, Darryl J. de Ruiter, Steven E. Churchill, Peter Schmid, Kristian J. Carlson, Paul H. G. M. Dirks, and Job M. Kibii (9 April 2010)Science 328 (5975), 195. [DOI: 10.1126/science.1184944]
Geological Setting and Age of Australopithecus sediba from Southern Africa Paul H. G. M. Dirks, Job M. Kibii, Brian F. Kuhn, Christine Steininger, Steven E. Churchill, Jan D. Kramers, Robyn Pickering, Daniel L. Farber, Anne-Sophie Mériaux, Andy I. R. Herries, Geoffrey C. P. King, and Lee R. Berger (9 April 2010) Science 328 (5975), 205. [DOI: 10.1126/science.1184950]

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Caminhar é Preciso

As mulheres que caminham de duas ou mais horas por semana ou que geralmente andam em um ritmo acelerado (5 km por hora ou mais) tiveram um risco significativamente menor de derrame do que as mulheres que não andam, de acordo com um grande estudo de longo prazo (doze anos) e ainda não finalizado pela Associação Americana do Coração.
As mulheres que geralmente andam em um ritmo acelerado tiveram um risco 37 por cento mais baixos de qualquer tipo de curso e aqueles que andam duas ou mais horas por semana tinham um risco 30 por cento mais baixos de qualquer tipo de acidente vascular cerebral.

As mulheres que normalmente andam em um ritmo acelerado tiveram um risco 68 por cento menores de acidente vascular cerebral hemorrágico e aqueles que andam duas ou mais horas por semana tiveram um risco 57 por cento menores de acidente vascular cerebral hemorrágico.

As mulheres que geralmente andam em um ritmo acelerado tiveram um risco 25 por cento menores de AVC isquêmico e aqueles que normalmente caminham mais de duas horas por semana tinham um risco 21 por cento menores de AVC isquêmico, segundo os pesquisadores.

“A atividade física, incluindo a marcha regular, é um comportamento importante para a prevenção do AVC", disse Jacob R. Sattelmair, M.Sc., autor e doutorando em epidemiologia na Harvard School of Public Health, em Boston, Massachusetts "A atividade física é essencial para a promoção da saúde cardiovascular e redução do risco de doença cardiovascular, e andar a pé é uma forma de alcançar a atividade física".

Acesso ao realease completo em Walking associated with lower stroke risk in women http://americanheart.mediaroom.com/index.php?s=43&item=1004

sexta-feira, 26 de março de 2010

Asteróide acabou com os Dinossauros

A extinção dos dinossauros foi causada pela queda do um asteróide de grande impacto em Chicxulub, no México. Esta é conclusão de um estudo feito por um grupo internacional e publicado na revista Science, 5 Mar. 2010, v. 327, n. 5970, p. 1214-1218. O artigo completo pode ser acessado (assinantes) em The Chicxulub Asteroid Impact and Mass Extinction at the Cretaceous-Paleogene Boundary 
“O jogo temporal entre a camada de material ejetado e o início das extinções são padrões ecológicos no registro fóssil com modelagens de perturbações ambientais (por exemplo, a escuridão e frio) nos levam a concluir que o impacto de Chicxulub provocou a extinção em massa”
"O estudo foi feito por 41 cientistas de instituições de diversos países e fez a revisão de pesquisas conduzidas nos últimos 20 anos de modo a tentar determinar a causa da extinção ocorrida há cerca de 65 milhões de anos. O episódio eliminou os dinossauros, pterossauros e grandes répteis marinhos, abrindo caminho para a presença e domínio dos mamíferos" (FAPESP, 2010).

quarta-feira, 24 de março de 2010

The Latin American Convention of The Global Sustainable Bioenergy Project

Este é o terceiro de uma série de cinco convenções com o objetivo de fornecer orientações sobre a viabilidade da produção de bioenergia sustentável em grande escala, bem como os caminhos de implementação e as políticas que promovem este resultado e que acontece entre os dias 23 e 25 de março em São Paulo.

terça-feira, 16 de março de 2010

Menos é mais

De acordo com uma nova pesquisa feita por cientistas canadenses, pode-se ter ganhos importantes mesmo com poucos minutos de atividade física por dia. "O estudo foi conduzido por um grupo da Universidade McMaster e publicado no The Journal of Physiology. O trabalho reforça os benefícios do treinamento curto e intervalado de alta intensidade, considerada uma alternativa eficiente para os tipos tradicionais de exercícios de longa duração. Ou seja, é possível obter mais com menos" (FAPESP, 2010).
Sete homens jovens saudáveis (21 ± 1 anos, 83 ± 4 kg) participaram no estudo. Os indivíduos ativos 2-3 vezes por semana, mas nenhum estava envolvido em um programa estruturado de exercício de treinamento. O estudo foi aprovado pelo Hamilton Health Sciences / Faculdade de Ciências da Saúde Pesquisa Conselho de Ética e conformados com a Declaração de Helsinque. O protocolo experimental constou de procedimentos de familiarização, o teste inicial, uma intervenção 2 semanas de treinamento físico, e medidas pós-treinamento. O texto do artigo na integra encontra-se em: A practical model of low-volume high-intensity interval training induces mitochondrial biogenesis in human skeletal muscle: potential mechanisms, de Martin Gibala e outros, Journal of Physiology (volume 588 issue 6, pp. 1011–1022) http://jp.physoc.org/content/588/6/1011.full

sexta-feira, 12 de março de 2010

Comida para quem precisa

O número de pessoas em 2050 chegará 9 bilhões. As áreas cultiváveis, recursos hidrícos e outros necessários a sobrevivência humana não aumentaram. Hoje já temos 1 bilhão de pessoas desnutridas,  mesmo com os avanços científicos e nas tecnologias agrícolas. "Em um cenário como esse, como fazer para alimentar o mundo sem exacerbar problemas ambientais e, ainda por cima, tendo que lidar com a questão das mudanças climáticas? Para o painel de cientistas que participou do especial, a resposta está na adoção de medidas radicais na produção de alimentos. Os pesquisadores pedem aos líderes mundiais que “alterem dramaticamente suas noções a respeito de agricultura sustentável de modo a prevenir uma fome de dimensões catastróficas até o fim deste século entre os mais de 3 bilhões de pessoas que vivem próximas à linha do equador"(FAPESP, 2010).

O artigo Radically Rethinking Agriculture for the 21st Century, de Nina Federoff, David Battisti e outros (10.1126/science.1186834), pode ser lido por assinantes da Science (Vol. 327, 12/2/2010) http://www.sciencemag.org/cgi/content/full/327/5967/833
Fonte: http://www.agencia.fapesp.br/materia/11768/divulgacao-cientifica/pratos-vazios.htm